Com um dia útil a menos, a média diária dos títulos de junho de 2024, em valores, é 14% superior à registrada em junho de 2023

Em toneladas, o crescimento foi de 25,3%, puxado pelo aumento das vendas de produtos lácteos da categoria Leite, que subiu 29,4% em volume.

A média diária das importações de junho de 2024, em relação aos recordes de junho de 2023, recuou 21,9% e 18,4%, em valor e volume, respectivamente.

Ao representar a maior parte das exportações e importações de produtos lácteos, a categoria Leite é a que mais influência tem na balança comercial. Junho de 2023 foi um mês com compras excepcionalmente altas, constituindo o recorde da série histórica. Por isso, os recuos de -34,6% e -28,5%, em valor e volume, respectivamente na comparação interanual, constitui uma volta a patamares menos elevados.
A importação média diária de produtos da categoria Leite no 1º semestre de 2022 foi de 268 toneladas. No 1º semestre de 2023 saltaram para 932 toneladas. E agora, no 1º semestre de 2024 houve um recuo de 12%, para ficar em 821 toneladas, portanto, um nível ainda bastante alto.

Outra questão relacionada à categoria Leite, é a grande diferença dos preços de exportação e importação. No mês de junho, a lacuna é de US$ 1.331. Por isso, mesmo que tenha havido crescimento de 29% no volume exportado, o impacto em dólar foi de apenas 15%, porque os preços de exportação de produtos da categoria Leite caíram 11,1% de junho de 2023 para junho de 2024

Os queijos pertencem a outra categoria que tem relevância na balança comercial. Mas os volumes exportados estão cada vez menores, e não aproveitam a diferença favorável das cotações. Em junho de 2023 foram exportadas 11,5 toneladas de queijos, que representaram 7,5% das 153,7 toneladas importadas. Em junho de 2024, a relação caiu para 3,8%, ao serem exportadas 9,4 toneladas de queijos e importadas 244,5 toneladas.

Desta forma, mesmo que os preços de exportação sejam 75% superiores aos de importação, não há um reflexo significativo na balança comercial.

Assim, junho de 2024 termina com -US$ 3.659 mil de déficit na balança comercial, caindo 35% em relação ao recorde de -US$ 4.900 mil de junho de 2024.

Fonte: Ministério da Economia, via Terra Viva