Pelo sétimo mês consecutivo, o preço do leite captado subiu, impulsionado pela menor oferta
Em maio, o litro foi cotado a R$ 2,7114 na “Média Brasil” do Cepea, alta de 9,8% em relação a abril, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de maio).
Desde janeiro, o valor do leite pago ao produtor acumula avanço real de 30,4%. Ainda assim, a média de maio ficou 4,82% abaixo da registrada no mesmo período do ano passado, em termos reais.
O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea teve ligeira reação de 0,14% de abril para maio, mas acumula redução de 7,7% na parcial deste ano, evidenciando a queda na produção.
A partir de julho, porém, o movimento de alta nos preços deve perder força e, até mesmo, se inverter. Isso porque o incremento da margem do produtor nos últimos meses tende a favorecer a recuperação da produção nacional de leite cru, ainda que de forma lenta lenta. Apesar do aumento nos custos da pecuária leiteira em junho, a forte valorização da matéria-prima manteve elevada a margem bruta ao produtor (ver seção Custos de Produção, na página 6).
Quanto aos derivados, as altas nos preços médios em junho foram resultado dos avanços verificados sobretudo na primeira quinzena. Agentes de mercado apontam o enfraquecimento da demanda e ainda, uma pressão exercida pelos canais de distribuição a partir da segunda metade do mês (ver seção Derivados, na página 4).
EXTERNO – Dados da SECEX mostram que, em junho, o volume de lácteos importados aumentou 22%, totalizando cerca de 182 milhões de litros em equivalente leite. As exportações também cresceram, em 8% frente a maio, mas ainda estiveram 38% abaixo das do mesmo período do ano passado (ver seção Mercado Internacional, na página 5).


Fonte: Cepea-Esalq/USP