Principais commodities já superaram os preços registrados um ano atrás
GDT – Surpreendentemente o GlobalDairyTrade 349 realizado na terça-feira, 6 de fevereiro de 2024, tem a quinta alta consecutiva, em um percentual significativo de 4,2%. Desde a estabilidade registrada no final de novembro, até o resultado de hoje, o Índice GDT acumula alta de mais de 9%.

As principais commodities já superaram os preços registrados um ano atrás, faltando apenas o leite em pó desnatado (SMP) e o Cheddar. E como ocorreu no evento anterior, a muçarela foi o único produto a apresentar recuo de preço na plataforma.

O Índice GDT superou, neste evento, o valor que havia registrado no início de fevereiro de 2023, e é o maior Índice desde dezembro de 2022. O Cheddar, que apresentou grande volatilidade nos preços em 2023, mantém esse comportamento, e depois de começar o ano em queda, volta a ter resultado positivo. Mas está com a cotação abaixo da verificada em fevereiro de 2023.

Certamente foi um evento bastante positivo para as manteigas. A manteiga anidra (AMF) recuperou as perdas do ano passado, e ficou com o maior valor na plataforma, desde junho de 2022. Já a manteiga (Butter) que teve o maior percentual de aumento no GDT 349, +10,3%, conseguiu uma cotação 37,3% superior à verificada no evento correspondente de 2023.

O leite em pó integral (WMP) teve a 6ª alta consecutiva, e conseguiu superar em 4% o valor obtido no evento correspondente de 2023. É o maior valor da commodity desde outubro de 2022.
Apesar da alta, o leite em pó desnatado (SMP), continua abaixo da cotação de um ano atrás, e é o menor valor registrado pelo SMP no primeiro evento de fevereiro, desde 2019.

O resultado surpreendeu, porque o mercado vem agindo com muita cautela, pois as incertezas em relação ao consumo e o poder de consumo das famílias são consistentes para muitos países importantes, incluindo a China. No entanto, ao observar o volume negociado, constata-se que é o menor para um início de fevereiro, desde 2021, registrando queda de mais de 20% em relação ao evento correspondente de 2023. A baixa oferta pode ser o indicador que está sustentando os preços dos produtos lácteos. Mesmo porque, as projeções de queda da produção de leite estão se confirmando, desde a Europa, até a Nova Zelândia, passando pela Argentina.
Na última análise feita pelo comitê britânico agropecuário (AHDB) a produção global de leite aumentou 0,05% em 2023, e em 2024 poderá crescer 0,25%. Isto depois de ter registrado queda de -0,47% em 2022. Ou seja, em 2024, a produção poderá ser equivalente à de 2021, o que representa uma estagnação do setor.

A Nova Zelândia, pode registrar queda de 2% na produção de leite, em 2024, impactando na oferta de produtos lácteos no mercado internacional. Pois, assim como a Argentina, o país se prepara para os eventos adversos do clima decorrentes do fenômeno El Niño, que está em curso.

Fonte: globaldairytrade/ www.terraviva.com.br